domingo, 5 de setembro de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
José Augusto Coelho, nascido em 1947 no seio de uma família onde a música dominava os serões, retrata as memórias que recolheu enquanto criança e adolescente na região de Trás-os-Montes - paisagens feitas de gentes, de hábitos, de trabalho, de sons, de luz e de intensa cor. A cor das suas telas ilumina as memórias incompletas pelo gasto do tempo, celebra a vida e o desejo de capítulos passados que imperam em todos nós Esse, o tempo das memorias filtradas no recanto da saudade. Nas pinturas de José Augusto Coelho o tempo pára para ser redescoberto.
Se por um lado as pinturas são traduções das memórias de José Augusto Coelho por outro lado são também retratos de um Portugal muito distinto e remoto. Situadas entre um valor documental e um valor emocional as pinturas de José Augusto Coelho materializam os mundos que todos partilhamos -- os mundos dos mundos onde vivemos.
Simultaneamente pintor e músico a sua investigação em expressões e temas populares manifestam-se nas suas telas através de uma linguagem e precisão musical -- silêncios, stacattos e polifonias de cor estabelecem um código formal que deleita, que lembra, que estimula e que instiga à re-imaginação. Entre uma abstracção de Georgia O'Keefe e um expressionismo de Cézanne as pinturas de José Augusto Coelho são expressões de desejo e de saudade, de receios e de exaltações, de reconstrução e alienação de tempos onde os territórios mais profundos de Portugal cristalizavam uma cultura popular profundamente rica e simultaneamente isolada das transformações que os maiores centros urbanos desfrutavam. José Augusto Coelho pertence às múltiplas famílias que no início da década de 60 migraram para Lisboa à procura de outras possibilidades. Filho de trabalho e de arte, filho de Trás-os-Montes e de Lisboa, José Augusto Coelho sintetiza os dois mundos que Portugal conheceu (e que ainda conhece) de realidades sociais, económicas e culturais muito distintas. Contemplar as obras de José Augusto Coelho é viajar por estes territórios e por estas importantes realidades que se confrontam e que se complementam numa visão mais alargada da história do nosso país e das nossas paisagens – história ausente nos almanaques mas vincada no corpo e na alma dos que a viveram.
As pinturas de José Augusto Coelho são um documentário, são provas de mundos paralelos que existem e testemunhos de memórias que persistem; um universo próprio representado por uma técnica, intensidade e criação que nos toca a todos nós -- As suas telas cantam a todos nós!
Sílvia Benedito
Se por um lado as pinturas são traduções das memórias de José Augusto Coelho por outro lado são também retratos de um Portugal muito distinto e remoto. Situadas entre um valor documental e um valor emocional as pinturas de José Augusto Coelho materializam os mundos que todos partilhamos -- os mundos dos mundos onde vivemos.
Simultaneamente pintor e músico a sua investigação em expressões e temas populares manifestam-se nas suas telas através de uma linguagem e precisão musical -- silêncios, stacattos e polifonias de cor estabelecem um código formal que deleita, que lembra, que estimula e que instiga à re-imaginação. Entre uma abstracção de Georgia O'Keefe e um expressionismo de Cézanne as pinturas de José Augusto Coelho são expressões de desejo e de saudade, de receios e de exaltações, de reconstrução e alienação de tempos onde os territórios mais profundos de Portugal cristalizavam uma cultura popular profundamente rica e simultaneamente isolada das transformações que os maiores centros urbanos desfrutavam. José Augusto Coelho pertence às múltiplas famílias que no início da década de 60 migraram para Lisboa à procura de outras possibilidades. Filho de trabalho e de arte, filho de Trás-os-Montes e de Lisboa, José Augusto Coelho sintetiza os dois mundos que Portugal conheceu (e que ainda conhece) de realidades sociais, económicas e culturais muito distintas. Contemplar as obras de José Augusto Coelho é viajar por estes territórios e por estas importantes realidades que se confrontam e que se complementam numa visão mais alargada da história do nosso país e das nossas paisagens – história ausente nos almanaques mas vincada no corpo e na alma dos que a viveram.
As pinturas de José Augusto Coelho são um documentário, são provas de mundos paralelos que existem e testemunhos de memórias que persistem; um universo próprio representado por uma técnica, intensidade e criação que nos toca a todos nós -- As suas telas cantam a todos nós!
Sílvia Benedito
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